Bandeira Têxtil 063: Viscose, 100% Viscose (CV)

By | segunda-feira, janeiro 13, 2025 Leave a Comment






   Dados históricos dos têxteis: Viscose (Texto completo)

As fibras têxteis podem ser classificadas de três formas gerais, naturais, artificiais e sintéticas – elementos que não existem na natureza em estado fibroso (Chataignier, 2006) mas que passam por processamentos químicos para serem utilizadas na indústria têxtil – sendo nessa última classificação onde se encontra a viscose, que pode advir da celulose das árvores ou do línter do algodão, após a extração a celulose é tratada com agentes químicos que podem variar de acordo com o fio que se deseja produzir (Gomes, 2016). Esses tratamentos produzem resinas, que em seguida passam por um processo de extrusão onde a resina é pressionada através de furos finíssimos numa peça denominada fieira.

Segundo Pezzolo (2007) o método de obtenção da viscose surgiu em 1892, e a produção comercial dos fios teve início em 1905. A indústria então desenvolveu-se rapidamente por causa das novas vantagens tecnológicas do processo produtivo recém desenvolvido.

Os fios e fibras de viscose tem muitas semelhanças com os do algodão a respeito da absorção de umidade, resistência à tração, maciez do toque e caimento (Pezzolo, 2007). Em contrapartida, a fibra perde um pouco da sua resistência quando molhada, encolhe e amarrota facilmente, amarela e desbota com a transpiração e queima com facilidade.

A viscose pode ser utilizada pura ou, ainda, em combinação com outras fibras têxteis, em diferentes proporções e tipos de misturas. Os tecidos com ela produzidos atingem todos os segmentos do mercado têxtil: tecidos planos, malhas, cama, mesa, banho, bordados e linhas (Pezzolo, 2007).

Embora os tecidos com viscose sejam bastante requisitados por confeccionistas de moda, a produção dessa fibra não aparenta ter grandes perspectivas de crescimento econômico mundial, em razão dos altos custos ambientais envolvidos em seus processos produtivos (a necessidade de árvores para o fornecimento de celulose).


REFERÊNCIAS

CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo, SP: Estação das Letras, 2006. 165 p., il. Referências bibliográficas: p.[161]-165.

GOMES, Anne Velloso Sarmento; COSTA, Ney Róblis Versiani; MOHALLEM, Nelcy Della Santina. Os tecidos e a nanotecnologia. Quím Nova Escola, v. 38, n. 4, p. 288-96, 2016.

PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. São Paulo, SP: Senac São Paulo, 2007. 324 p., il. Bibliografia complementar: p.[317]-585.

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