A pergunta é: O que fez os desfiles atingirem esta crise?
Diane von Furstenberg, presidente do conselho de estilistas dos Estados Unidos, julga como o principal causador desta crise os smartphones, por permitirem que tantos os jovens como os adultos assistam os desfiles de casa ou, caso compareçam ao evento, possam compartilhar fotos e vídeos instantaneamente em suas redes sociaiss (principalmente blogueiras, celebridades e etc.). O problema maior da instantaneidade encontra-se na divulgação feita pelas redes de fast-fashion, que meses antes das grifes, desenvolvem suas peças "inspired" e lançam no mercado para serem adquiridas.
Já na opinião de Daniela Klaiman, diretora de planejamento da agência de pesquisa de tendências BOX1824, o principal motivo é o desinteresse desenvolvido pelos jovens, que não querem mais que alguém ou alguma marca dite um estilo ou uma tendência, mas eles mesmos querem criar a sua própria identidade.
Atualmente, diversos modistas afirmam que a moda está passando por uma crise existencial e para tentar solucionar este problema seria necessária uma mudança na forma como os desfiles são apresentados para que desperte o desejo do público em querer investir na compra de ingressos para assisti-los e na aquisição dos produtos e roupas. Segundo DVF, "Temos lojas, estilistas e consumidores reclamando dos desfiles. Precisamos começar de novo".
As grifes, como exemplo a Burberry e a Tom Ford, estão apostando em coleções que não sejam mais divididas por estações, ou que adotem o conceito de "see now, buy now", como a grande Tommy Hilfiger, que seria na verdade você assistir a um desfile e logo após adquirir uma peça a seu desejo.
Para os estilistas não tem mais sentido estipular coleções e gêneros. Para que serve a separação feminino e masculino se as inspirações são as mesmas? Ou, por que não adotar o genderless?
A decisão foi focar os desfiles no consumidor, acelerando o tempo de chegada das peças nas lojas. Tentar novas estratégias que chamarão a atenção dos mesmos e reavaliar o que está ou não funcionando, para que não aumente o desinteresse pelos desfiles e impulsione as marcas a encontrar a fórmula perfeita para revolucionar os seus antigos conceitos.
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