O mercado dos têxteis, aliado às novas tecnologias, segue lançando uma série de fibras que buscam melhor satisfazer os consumidores ao aliar o melhoramento dos fios à sustentabilidade e à modernidade. Outrora, chegam notícias de novos fios, produzidos com matérias-primas um tanto quanto inusitadas, como é o caso da fibra à base de colágeno animal.
Selecionamos essa, e outras duas fibras biodegradáveis para você se atualizar, e, já adiantamos: uma delas é brasileira!
Fibra de gelatina
Selecionamos essa, e outras duas fibras biodegradáveis para você se atualizar, e, já adiantamos: uma delas é brasileira!
Fibra de gelatina
Esse
ano, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Zurique (EPFZ) na Suíça,
criaram fibras têxteis a base de gelatina, extraída de cadáveres animais.
De
cunho sustentável, essa gelatina biodegradável é produzida a base de colágeno,
que compõem a pele, ossos e tendões e sobra em grande quantidade nos
matadouros.
Em
suas pesquisas, o cientista Philipp Stossel descobriu que a gelatina formava
uma massa quando se misturava a um dissolvente, o que permitia tecer sem
dificuldade.
O
material foi testado na confecção de luvas, e segundo eles, as fibras tem
qualidade equivalente às da lã de merino são ultrafinas, lisas e tem um brilho
semelhante à seda.
O
inconveniente da fibra é a impermeabilidade, que, agora passa a ser o centro
dos estudos, já que patenteada a dois anos, a fibra espera agora uma parceria
começar a ser produzida em massa.
Poliamida biodegradável
No
ano passado, a companhia Rhodia lançou o primeiro fio biodegradável do mundo.
Conhecido como Amni Soul Eco, é um fio de poliamida 6.6, que possui uma
tecnologia que permite a sua rápida decomposição em aterros sanitários,
desintegrando-se em menos de 3 anos.
Após
alguns anos de pesquisa e altíssimos investimentos, a equipe brasileira de
pesquisa da companhia conseguiu alterar o DNA do fio de poliamida, mantendo
seus benefícios, como o toque macio, conforto, absorção de umidade,
transpirabilidade, easy-care e fácil lavagem.
O
fio teve seu lançamento na edição do SPFW – Verão 2015, em parceria com o
estilista Ronaldo Fraga, que já desenvolveu outras coleções com materiais
sustentáveis.
A Santaconstancia
Tecelagem, foi a responsável por produzir a malha utilizando essa nova
tecnologia nacional. No fim de 2014, a empresa aproveitou para produzir looks
100% feitos com o fio para o evento sustentável BR.ECOERA.
Já em 2015, o Amni Soul Eco apareceu como novidade na 25ª FEVEST (Feira
Brasileira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima), apresentado pela
marca de homewear Monthal, que
resolveu utilizá-lo considerando o fato de que as roupas íntimas geralmente não
são doadas, e sim descartadas.
F-abric, o jeans sustentável
Outra novidade no ramo têxtil é um jeans 100%
biodegradável. Com base de cânhamo, linho e moldal, o material pode ser
compostado tornando-se adubo, com exceção dos aviamentos (que são feitos para
serem tirados).
Denominado de F-abric, foi lançado pela marca europeia
Freitag, que tem uma grande preocupação com a sustentabilidade. Segundo eles, o
jeans leva a menor quantidade de química possível desde o cultivo até o
beneficiamento, e utiliza de uma quantidade muito menor de água.
No vídeo abaixo você pode conferir mais sobre o processo da F- abric.
E então, vocês já conheciam essas fibras? Sabem de outras novidades unindo têxtil, tecnologia e sustentabilidade? Conta para nós nos comentários!
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