Dados históricos dos têxteis: Denim/Jeans (Texto completo)
A estamparia, ou impressão, é a utilização de diferentes processos que tem por finalidade produzir desenhos coloridos, brancos ou monocromáticos na superfície têxtil, tal qual pode ser definida por uma pintura que tem sua repetição ao longo de uma peça e sua aplicação situada, geralmente, no lado direito do tecido. Entretanto dependendo da espessura do tecido o processo pode ser realizado no lado avesso também.
O processo de estamparia é realizado em bases como tecido plano, malharia circular, malharia retilínea e não-tecidos. É possível trabalhar com as mais diversas técnicas de estamparia têxtil, desde a manual, passando pela mecanizada e até mesmo a digital. Na indústria, a escolha da técnica de impressão é feita, segundo Pezzolo (2007), de acordo com o resultado desejado pelo designer responsável pela criação dos desenhos, adequando as necessidades dos mesmos aos processos técnicos de estampagem.
Ao abordar as técnicas de estamparia têxtil pode-se classificá-las de algumas formas como: batik, processo de gravura em relevo, gravura ou entalhe, técnica de estêncil, serigrafia, estamparia por termo transferência e, mais recentemente, estamparia digital (Briggs-Goode, 2014).
No que tange os desenhos criados nas estampas, os principais grupos segundo Briggs-Goode (2014), são o floral, caracterizado por flores; o geométrico, apresentando imagens não orgânicas e abstratas; o étnico, ligados a especificidade local ou a grupos antropológicos; e o figurativo que faz referência a ícones populares ou representações únicas e que desafiam as percepções humanas. Essas categorias fazem referência a diversos critérios sendo alguns deles: o tipo de imagem, o modo como a imagem será desenvolvida, o local de onde o estilo surgiu, os efeitos visuais que o estilo cria, como é a utilização da cor e a relação com os fundamentos do design e movimentos artísticos.
Dentro da estamparia existe uma variedade de processos, podendo eles ser históricos e/ou contemporâneos, possuindo uma herança visual que pode ser utilizada durante o processo criativo do designer. Tais processos definem a forma como a estampa será transferida ao tecido, visto que as tecnologias envolvidas na estamparia criam efeitos visuais únicos, tanto de imagem, como de textura e de cor. Sendo assim, é importante que os designers sejam capazes de reconhecer, entender e interpretar cada estilo de acordo com as relevâncias para seus briefings ou ideias de design estando geralmente ligados a tendências da época Chataignier (2006).
BRIGGS-GOODE, Amanda. Design de estamparia têxtil. Porto Alegre: Bookman, 2014.
CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das Letras Ed. 2006.
PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: história, tramas, tipo e usos. São Paulo: Ed. Senac, 2007.
Gráfico de determinação da resistência à tração e alongamento do urdume:
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