Professores da UEM Cianorte realizam estudo sobre a análise e planejamento para aquisição de matéria-primas nas indústrias de confecção da região noroeste do Paraná

By | terça-feira, abril 05, 2016 Leave a Comment

Em um momento que muito se discute sobre a crise econômica, sobre o melhor aproveitamento dos recursos e maximização de resultados um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Maringá, procurou identificar como é dada a análise e o planejamento para aquisição de matéria-prima nas indústrias de confecção da Região Noroeste do Paraná. Coordenado pelo professor Marcio José, do Departamento de Design e Moda, com participação dos professores Vinicius Martins, Maria Helena e Gustavo Risso.

A pesquisa encontrou dados muito relevantes sobre a área de suprimentos das empresas, os quais você encontra em resumo abaixo. 

O perfil das empresas
No projeto, foram analisadas empresas do setor de confecção nas cidades de Cianorte e Maringá. Ao todo, dez empresas de diferentes segmentos wear participaram da coleta de dados. Todas possuem administração familiar e são classificadas como empresas de pequeno ou médio porte. As empresas lançam entre 3 e 4 coleções ao ano, e todas relatam que já enfrentaram algum tipo de problema relacionado a matéria-prima, seja a falta ou o excesso dessa, enfrentando até mesmo gargalos produtivos pelo atraso na entrega por parte dos fornecedores.

O setor de compras
Todas as empresas analisadas afirmam possuir um setor de compras, no entanto, a metade indica que o comprador também executa outra atividade. É um dado que traz preocupação, uma vez que quanto mais funções atribuídas a um único operador, há o risco de que não haja ciência completa do que se está executando. 90% dos compradores das empresas são graduados ou estão se graduando, inclusive entre as graduações existe o curso de Moda, mostrando que a área também envolve conhecimentos de gestão.

Perfil geral da aquisição de matéria-prima
De modo geral todas as empresas atuam por venda por pedidos, a média de aquisição antes mesmo de a coleção ser lançada é de 9 meses, e as demandas são originadas em sua maioria por interação entre setores, mas notou-se também empresas que apontam apenas um setor na tomada de decisões e isto gera conflitos internos. Todas as empresas destacam que já adquiriram matéria-prima que não foi utilizada, e o motivo disto vai desde erro no planejamento inicial, pela falta de experiência do comprador, até o mais grave, o estilista desistir de usar o produto e este ficar no estoque se degradando. 

No caso do material em estoque as soluções encontradas pelas empresas acabam por ser a reutilização da matéria-prima em uma nova coleção, a realização da venda dos insumos a um preço muito abaixo de mercado e até mesmo o descarte, fato que se torna preocupante do ponto de vista sustentável, tanto para a organização, economicamente, quanto para o ambiente.
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