Agender: o conceito que está ganhando força no mundo da moda

By | quarta-feira, março 30, 2016 Leave a Comment
O agender, genderless, unissex, gender-bender e tantas outras denominações, se tornam cada vez mais presentes no universo da moda. Grandes nomes da alta-costura, e até as fast-fashions e multimarcas procuram atribuir o conceito de sem gênero aos seus produtos, com o intuito de romper os paradigmas em relação as formas tradicionais de gênero.

Em 2015, Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, apresentou em sua coleção masculina Inverno 2016, homens e mulheres utilizando roupas muito semelhantes, sendo realmente difícil, em alguns momentos, perceber diferenças entre ambos.


Ainda no ano passado, a multimarcas inglesa Selfridges, lançou a proposta "Agender", uma nova experiência de compras, em que foram excluídos manequins femininos e masculinos, e as roupas foram dispostas de maneira em que os gêneros fossem neutralizados. Estavam a venda nesse ambiente peças assinadas por Comme des Garçons, Meadham Kirchhoff, Gareth Pugh, Body Map, Nicopanda, entre outros. 


Já no início desse ano, Jaden Smith, conhecido por seu estilo ousado, e por usar peças sem identificação de gênero, participou da campanha feminina de Verão 2016 da grife Louis Vuitton, em que utilizava peças tradicionalmente femininas.


No começo de março, a fast-fashion Zara, resolveu aderir o conceito agender para sua nova coleção, denominada "Ungendered". Na campanha, modelos de ambos os sexos aparecem utilizando roupas com os mesmos padrões, sem distinção de gênero. Entretanto, a marca recebeu diversas críticas: as roupas eram extremamente básicas, somente com cores neutras, além das peças mostrarem só uma introdução do guarda-roupa tipicamente masculino para o público feminino, e não o contrário, já que só haviam peças mais amplas, com corte reto, e nenhum tipo de saia ou vestido na coleção.


Outra fast-fashion que recentemente causou polêmica no assunto foi a C&A. A marca lançou uma coleção chamada "Tudo Lindo & Misturado", que apresentou uma propaganda em que um modelo colocava um vestido. As expectativas criadas em cima da campanha foram muitas, porém o público também se decepcionou ao ver que a coleção não trazia peças sem gênero, e as seções das lojas ainda estavam divididas em feminino e masculino, contrariando a proposta de "mistura" que se esperava. 


Apesar desses aspectos apontados como negativos, não deve-se ignorar o fato de que as marcas ao aderirem o conceito de peças sem gênero, já mostram um grande passo em direção a quebra de estereótipos e limitações na hora das pessoas se vestirem e se expressarem.
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