Aconteceu ontem em São Paulo o desfile da marca A La
Garçonne, comandada por Alexandre Herchcovitch e Fábio Souza. Um dos lançamentos
mais aguardados do ano no Brasil acabou no centro de uma discussão sobre
práticas que ocorrem nos bastidores do mercado de moda.
Imagens: FFW
O Sated foi até o camarim do evento para investigar a
situação contratual dos modelos, mas foi impedido de entrar pela produção.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, os representantes da entidade chamaram a
polícia para averiguação dos contratos, pois três agências fizeram uma denúncia
de que a marca havia contratado jovens do interior paulista sem o registro
(DRT), a fim de pagar valores inferiores aos cobrados na capital.
Apesar do ocorrido, o desfile aconteceu normalmente, e os
advogados da marca foram acionados para solucionar a questão. Ainda segundo a
Folha de São Paulo, alguns modelos foram selecionados via redes sociais, ou em
locais onde o próprio Herchcovicht passou. Em troca, receberiam o look
desfilado. O estilista afirmou que procura trazer pessoas de fora dos castings
das agências para promover a diversidade. Você pode ler a reportagem na íntegra
clicando aqui.
Após a polêmica, um boletim de ocorrência foi feito e uma denúncia será enviada ao Ministério Público do Trabalho.
Práticas como essas acontecem nos bastidores. O mercado de
moda transmite a imagem de luxo, do glamour e da ostentação, porém, não é de hoje
que grandes marcas europeias, asiáticas, latinas fazem de tudo para inserir a
sua roupa em tempo antecipado nas lojas, mesmo que muitas vezes à custo de mão-de-obra
barata e/ou escrava. Outro fator de relevância é que estas mesmas marcas não se
preocupam com os preceitos ambientais e sociais, devido a esta antecipação de vendas.
A moda é efêmera, como toda efemeridade sofre deslizes em vários momentos que
nem para quem respira e vive moda é aceitável.
Seguiremos acompanhando o caso.
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