Mesmo estando longe devido ao seu doutorado em Portugal, o Professor Ronaldo continua mandando temas muito interessantes para nós. Esta semana ele nos mandou sobre sua visita ao museu das Rendas de Bilro na Vila do Conde, que são rendas tecidas manualmente em um trabalho artesanal, cheio de cultura e tradição.
As Rendas de Bilros são tradicionais da Europa, tendo seu início em meados do final do seculo XV. Possuir uma peça que continha estas rendas já era sinônimo de um produto de luxo, as primeiras rendas eram tecidas com fios de ouro, prata e seda.
Figura 1. Rendeira de Vila do Conde
A importância das Rendas de Bilros da Vila do Conde se evidencia através das exposições nacionais e universais em que estiveram presentes na metade do século XIX. A exposição Nacional de Lisboa em 1863 que foi premiada com medalhas pelas amostras apresentadas, a Exposição Industrial Portuguesa em 1865, Exposição de Paris em 1867 apresentando 7 amostras, em 1878 a Exposição de Paris, a Exposição Universal de Paris em 1889, ainda a Exposição Industrial Portuguesa de 1891 com o Museu Industrial e Comercial do Porto, e a Exposição Industrial Portuguesa com a D. Ana Pinheiro das Dores da Vila do Conde expondo seus trabalhos.
Figura 2. Construção dos desenhos de Renda de Bilro
O século XX foi bastante difícil para a produção das Rendas de Bilros, devido a duas guerras, que resultaram em problemas econômicos e sociais. O papel das rendeiras foi assim diminuindo com o passar dos anos, e ainda que a presença das industrias fez com que a produção das rendas fosse mais barata e rápida.
Assim durante este período a comercialização das Rendas de Bilro na Vila do Conde se resumiam a ateliers de renda, onde possuíam oficinas de produção com uma serie de rendilheiras, de modo semelhante ao que se encontraria em uma indústria.
Figura 3. Roupas, acessórios feitos com a Renda de Bilro, e mais desenhos de Renda de Bilro.
A Casa de Flores Torres era um dos ateliers mais importantes, chegava a empregar aproximadamente 200 rendilheiras em 1914, porém, em meados dos anos 60 empregava somente 40, e ainda 25 que trabalhavam em suas casas. Ainda outros ateliers muito importantes no início do século XX foram: Maria da Piedade Barcelas, Libânia Tomé, Maria Baptista Magalhães, Catarina Pereira e Desterro Carmelita, e muitos outros.
Outro atelier importante da vila do Conde foi A casa Germano, de Germana Dias da Agonia e posteriormente de sua filha, Laurinda Braga que também chaga a empregar 200 rendilheiras.
Figura 4. Painel feito com as Rendas de Bilro.
No Museu das Rendas de Bilro, da Vila do Conde além das informações históricas, ainda havia uma explicação de como são feitas as rendas “Para manter a tensão dos fios e para não se entrelaçarem, (os fios) são fixados em suas extremidades por alfinetes numa almofada dura, enquanto as outras extremidades começam a serem enroladas por pequenos chumbos, pedaços de madeira ou ainda ossos”
Figura 5. Tecnica de manuseio da renda.
E por fim, o Professor Ronaldo nos contou um pouco sobre o que achou de visitar o Museu:
"Uma forte herança de uma tradição tão peculiar como a renda de Birlo nos remete a muita história por meio do manuseio das rendas. Portugal preserva muito seu espólio, é fascinante".
Ronaldo Vasques, Portugal, primavera de 2017.
E vocês o que acharam sobre o Museu da Renda de Bilro, da Vila do Conde em Portugal? Nós ficamos com muita vontade de visita-lo!
As Rendas de Bilros são tradicionais da Europa, tendo seu início em meados do final do seculo XV. Possuir uma peça que continha estas rendas já era sinônimo de um produto de luxo, as primeiras rendas eram tecidas com fios de ouro, prata e seda.
Figura 1. Rendeira de Vila do Conde
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Fonte: Museu da Renda de Bilros (Vila do Conde- Portugal) |
A importância das Rendas de Bilros da Vila do Conde se evidencia através das exposições nacionais e universais em que estiveram presentes na metade do século XIX. A exposição Nacional de Lisboa em 1863 que foi premiada com medalhas pelas amostras apresentadas, a Exposição Industrial Portuguesa em 1865, Exposição de Paris em 1867 apresentando 7 amostras, em 1878 a Exposição de Paris, a Exposição Universal de Paris em 1889, ainda a Exposição Industrial Portuguesa de 1891 com o Museu Industrial e Comercial do Porto, e a Exposição Industrial Portuguesa com a D. Ana Pinheiro das Dores da Vila do Conde expondo seus trabalhos.
Figura 2. Construção dos desenhos de Renda de Bilro
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Fonte: (Tecidoteca, fotografado em maio de 2017) |
O século XX foi bastante difícil para a produção das Rendas de Bilros, devido a duas guerras, que resultaram em problemas econômicos e sociais. O papel das rendeiras foi assim diminuindo com o passar dos anos, e ainda que a presença das industrias fez com que a produção das rendas fosse mais barata e rápida.
Assim durante este período a comercialização das Rendas de Bilro na Vila do Conde se resumiam a ateliers de renda, onde possuíam oficinas de produção com uma serie de rendilheiras, de modo semelhante ao que se encontraria em uma indústria.
Figura 3. Roupas, acessórios feitos com a Renda de Bilro, e mais desenhos de Renda de Bilro.
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Fonte: (Tecidoteca, fotografado em maio de 2017) |
A Casa de Flores Torres era um dos ateliers mais importantes, chegava a empregar aproximadamente 200 rendilheiras em 1914, porém, em meados dos anos 60 empregava somente 40, e ainda 25 que trabalhavam em suas casas. Ainda outros ateliers muito importantes no início do século XX foram: Maria da Piedade Barcelas, Libânia Tomé, Maria Baptista Magalhães, Catarina Pereira e Desterro Carmelita, e muitos outros.
Outro atelier importante da vila do Conde foi A casa Germano, de Germana Dias da Agonia e posteriormente de sua filha, Laurinda Braga que também chaga a empregar 200 rendilheiras.
Figura 4. Painel feito com as Rendas de Bilro.
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Fonte: (Tecidoteca, fotografado em maio de 2017) |
No Museu das Rendas de Bilro, da Vila do Conde além das informações históricas, ainda havia uma explicação de como são feitas as rendas “Para manter a tensão dos fios e para não se entrelaçarem, (os fios) são fixados em suas extremidades por alfinetes numa almofada dura, enquanto as outras extremidades começam a serem enroladas por pequenos chumbos, pedaços de madeira ou ainda ossos”
Video das Rendeiras (Elaborado pela Tecidoteca em maio de 2017)
Figura 5. Tecnica de manuseio da renda.
E por fim, o Professor Ronaldo nos contou um pouco sobre o que achou de visitar o Museu:
"Uma forte herança de uma tradição tão peculiar como a renda de Birlo nos remete a muita história por meio do manuseio das rendas. Portugal preserva muito seu espólio, é fascinante".
Ronaldo Vasques, Portugal, primavera de 2017.
E vocês o que acharam sobre o Museu da Renda de Bilro, da Vila do Conde em Portugal? Nós ficamos com muita vontade de visita-lo!
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