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Na tarde do dia 07 de junho de 2025, os membros da Tecidoteca realizaram uma visita técnica ao Campus Regional de Goioerê (CRG) para a realização de testes laboratoriais em amostras de tecidos, para o desenvolvimento de novas bandeiras têxteis.









 

No dia 16 de junho de 2025, o campus regional mais antigo da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o Campus Regional de Cianorte (CRC) completou seus 40 anos. Sede de quatro cursos, dentre eles o de Moda, Ă© o local onde o nosso projeto de extensĂŁo Tecidoteca foi criado, e está inserido com seu prĂłprio ambiente fisico, e membros do corpo docente e acadĂŞmico do campus.  








 









 






Relembrando os acontecimentos da nossa Semana de Integração e recepção para os caloures- Abril de 2025. 















 

        









           Dados histĂłricos dos tĂŞxteis: Pied-de-Poule (Texto completo)

A tecelagem é uma das etapas da chamada cadeia têxtil, que se inicia na produção das fibras, passando pela fiação, posteriormente a tecelagem e enfim os diversos tipos de beneficiamento presentes na indústria têxtil atualmente.

Ao tratar especificamente sobre a tecelagem, são utilizados fios que advém de fibras têxteis de composições variadas e entrelaçados de maneira a formar um tecido, dependendo do tipo de entrelaçamento realizado no processo, surgirão diferentes tipos de tecidos.

Os tecidos podem se dividir em três grandes grupos os tecidos planos (que ainda podem se diferenciar em relação aos seus diferentes tipos de entrelaçamento, como tela, sarja e cetim), tecidos de malha (que podem se dividir em malharia de trama e de urdume) e os tecidos não tecidos, comumente conhecidos por TNT.

O presente tecido Ă© um exemplo de tecido maquinetado, sendo assim definido pois Ă© confeccionado a partir de ajustes no maquinário, a partir de um equipamento especial intitulado “maquineta”, utilizado na tecelagem plana (Daniel, 2011) fugindo dos padrões convencionais como tela, sarja e cetim, a tecelagem por rapport Ă© formada a partir do entrelaçamento dos fios da trama com os do urdume (Pezzolo, 2007), assim formando desenhos e texturas  Ăşnicas, que repetem ao longo do comprimento do tecido. 

O chamado pied-de-poule, traduzido literalmente como “pĂ©-de-galinha” do francĂŞs, Ă© um tipo de xadrez pequeno, caso o desenho do xadrez se apresenta em maior escala o tecido Ă© chamado, entĂŁo, de pied-de-coq, em tradução livre “pĂ©-de-galo”.

A padronagem mais tradicional do pied-de-poule é formada por fios de lã nas cores bege e marrom (Pezzolo, 2007), tendo em vista a versatilidade da sua confecção, pode ser encontrada em cores variadas e até mesmo obtida pela técnica de estamparia nos mais variados tecidos, artificiais e, preferencialmente, sintéticos.

Tal padronagem é característica da temporada de outono/inverno e é cíclica, dessa forma, está ligada diretamente com as tendências de moda, de tempos em tempos aparecendo com maior ou menor frequência nos desfiles de moda e no consumo das grandes massas.


REFERĂŠNCIAS

DANIEL, Maria Helena. Guia prático dos tecidos . Osasco, SP: Novo Século, 2011. 310 p.

PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: histĂłria, tramas, tipos e usos. SĂŁo Paulo, SP: Senac SĂŁo Paulo, 2007. 324 p., il. Bibliografia complementar: p.[317]-585.



 








          Dados histĂłricos dos tĂŞxteis: Malharia de Urdume (Texto completo)

O segmento tĂŞxtil de malharia Ă© formado por um processo diferente dos tecidos planos – que se formam pelo entrelaçamento de fios de trama e urdume Ă  45Âş –, as malhas sĂŁo constituĂ­das pelo entrelaçamento de fios que formam laçadas, conferindo a elasticidade caracterĂ­stica das mesmas. 

A malharia pode se dividir em dois segmentos principais: malharia de trama e malharia de urdume. A malharia de trama, segundo Pezzolo (2007), pode ser formada por teares retilĂ­neos ou circulares, com uma caracterĂ­stica em comum: podem ser desfeitas (ou desmalhadas). Já a malharia por urdume, segundo Vasques (2011), Ă© formada no sentido vertical – comprimento do tecido – cada agulha Ă© alimentada por um fio diferente. Ela Ă© indesmalhável (nĂŁo pode ser desfeita como a malharia de trama), e a largura do tecido Ă© determinada pela quantidade de fios que alimentam as agulhas. 

As malhas de urdume sĂŁo obtidas atravĂ©s de maquinários mais sofisticados, com dois teares principais: Kettenstuhl, que forma malhas como jĂ©rsei e Raschel que Ă© responsável por produzir “tecidos variáveis, padronagens lisas e jacquards, rendas, entre outros” (Rubbo, 2014). 

Os produtos finais resultados da malharia por urdume podem ser destinados a diversos segmentos tĂŞxteis sendo eles moda banho, moda esportiva, lingerie, rendas, tules, dentre outros.


REFERĂŠNCIAS

RUBBO, Roberto. Malhas por urdume: caracterĂ­sticas e estrutura tĂŞxtil. caracterĂ­sticas e estrutura tĂŞxtil. 2014. DisponĂ­vel em: https://audaces.com/pt-br/blog/malhas-por-urdume-caracteristicas-e-estrutura-textil. Acesso em: 04 nov. 2024.

PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: histĂłria, tramas, tipos e usos. SĂŁo Paulo, SP: Senac SĂŁo Paulo, 2007. 324 p., il. Bibliografia complementar: p.[317]-585.

VASQUES, Ronaldo Salvador. A indústria têxtil e a moda brasileira: a urdidura de novos conceitos e percepções do vestir na década de 1960. 2011. 143 f. Dissertação (mestrado em História) - Universidade Estadual de Maringá, 2011, Maringá, PR. Disponível em: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/6158. Acesso em: 04 nov. 2024.